segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Meus Silêncios

Faço dos meus silêncios, meus momentos. Lá, bem lá no centro de tudo, consigo me religar com aquele que me protege e me ampara. Lá, me concentro e faço minhas meditações. Assim, consigo me reerger e recomeçar de onde parei. Com a mente leve, consigo ter força suficiente para encarar o que vem pela frente. Cada segundo que o relógio avança é um segundo a mais. Um segundo apenas para desestruturar toda aquela sintonia se eu não estiver em equilíbrio.

Dentro dos meus silêncios faço minha morada. Reconecto-me e todas as minhas dúvidas são sanadas, uma a uma. Meus dias se tornam leves e minhas energias revigoradas. 

 

Rita Padoin

sábado, 13 de setembro de 2025

Sem medo de ser feliz

     Lamento, mas ter que me entregar sem uma garantia, seria o mesmo que estar vulnerável no meio de uma catástrofe e acabar sendo devorada ou morta. Desculpa-me, não estou à disposição para algo tão inusitado e inseguro. Procuro alguém que me queira por inteiro, sem ressalvas e sem medo de se entregar ou viver algo novo. São as minhas condições. Entregar-me sem saber onde vou me meter é algo que nunca esteve na minha lista de desejos. A não ser que a outra parte queira na mesma proporção. Ai sim, a entrega será total. Sem medo e sem delongas. Viver é assim, perigosamente atraente, porém sem ninguém sair machucado. Esta é a minha intenção. Entrega de corpo, alma e espírito.

          Portanto, ou entra com tudo ou nem se arrisca. Meios termos não combinam comigo. Sou uma mulher que vive sem medo e ser feliz e de se entregar quando há sentido. Quando há conexão. Vivo para o hoje. Geralmente, fico quietinha apenas observando ao meu redor e analisando todos os pormenores. Agora, quando eu sinto que o terreno é seguro, vou em frente sem olhar para trás. 

 

Rita Padoin

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Amor Adormecido

Vivi e morri muitas vezes

Cresci e me limitei outras.

Em cada segundo, suspirei

De emoção e de felicidade.

Tempos bons que não voltam

Mas, permanece dentro do peito

E na minha mente imaginativa

O jardim está morto, pois o inverno

Varreu para um canto e a primavera

Está quase batendo na minha porta

E as flores mortas hoje, florescerá amanhã

Como meu amor que hoje está adormecido.

 

Rita Padoin




segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Olhos Mar

Um dia, em pleno verão,

Encontrei um par de olhos

Que atravessaram minha alma.

Aqueles inesquecíveis olhos mar

Encontraram-se com os meus 

E naquele momento, tudo ficou nítido.

Não precisou de explicações

Ou de estudos para entender

O que estava escrito ali

Ninguém percebeu, apenas nós dois

E a noite como testemunha.

Não tinha nem uma brisa para reter o calor

Que emanava de nossos corpos.

Nem a lua como testemunha,

Apenas algumas estrelas naquele céu negro

E nós dois com a uma distância remota.

 

Rita Padoin

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Desejos Embalados

Tuas decisões estão a flor da pele

Teus desejos embalados por uma sacola

Medos e vontades aliados na mesma sintonia

Quantos desejos vão e vem!

Vê, ainda temos um caminho a seguir

Uma vida pela frente

O destino nos reservou esse enredo

Sê alguém com coragem

Vamos enfrentar esse medo juntos

Não adianta protelar

É o amor que nos chama.

 

Rita Padoin






segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Minhas Necessidades

Tenho tentado suprir minhas necessidades de uma forma que meus pensamentos se voltem para um lado que não tenha nenhum entrave. Tento entender os porquês e as razões de certas coisas virem repentinamente em forma de visão. São visões claras que deixam transparecer que os acontecimentos são verídicos. Que o outro lado da história também vive o momento. Também sente a mesma energia, a mesma conexão. Também estende a mão para se agarrar neste algo inesperado. Algo que não conseguimos entender, mas sabemos que está acontecendo.

 

Eu entendo algumas coisas. Outras ficam no ar. Eu sei que tentar entender todo esse processo, é o mesmo que querer pegar com as mãos, mas, sei que é algo intangível. Por assim ser, me deixa com aquela sensação de fracasso. Sei que não é fracasso, só que a sensação, é. Sendo assim, monto e desmonto o cenário. Crio imagens relacionadas para tentar encontrar uma razão. Tentar entender o que a vida está me dizendo ou tentando me dizer. Atenta aos sinais, procuro aceitar de forma amena tudo o que a vida coloca no meu caminho. Só o tempo fará com que eu entenda e aceite 100% tudo o que a vida traz no meu caminho.

 

Rita Padoin


 

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

As Estações

Ele se foi com o início do outono

E voltará na primavera.

As estações servem para isto

Para relembrar de que a vida é cíclica

Pois entre a vida e a morte

Há um intervalo que pulsa ferozmente

E neste intervalo estamos vivendo

Gestos e emoções

Saudades e ilusões

Entre as forças do além

E a nossa de viver intensamente

Equilibramos as nossas utopias. 

 

Rita Padoin